Da arte de fazer filmes sem dinheiro ou
sobre como nos tornamos foras-da-lei
sobre como nos tornamos foras-da-lei
Produções de baixo orçamento, independente e trash – convergências e diferenças nos filmes produzidos sem recursos financeiros no 8º Desbitola
Por Lígia Benevides
Cinema de guerrilha. A câmera pode ser uma arma. Filmes fora-da-lei. O cinema independente existe e resiste. É possível fazer filmes com (muito) pouco dinheiro? Cinema de amadores ou de inventivos? Qual a diferença entre ser trash e ser independente?
O ciclo do Desbitola continua girando e coloca na roda três produções expressivas do cinema independente produzido em Goiânia. O público poderá conferir, no dia 28 de julho, a partir das 20 horas, no Cine Cultura, os curtas O Pequi (fic, 5 min, 2006), de Rodrigo Assis Horse; Adilsin Gente Fina (fic, 7 min, 2005), de Januário Leal; e Só as Éguas são Felizes (fic, 4 min, 2006), de Vander Veget e Bruno Lopes.
Os filmes em exibição já foram a público em Goiânia no FestCine Goiânia e na Mostra Trash!, e também estão disponíveis no YouTube, um dos principais veículos de difusão de filmes independentes. Adilsin Gente Fina contabiliza mais de 50 mil visitas no site, e Só as Éguas são Felizes foi exibido no Festival Mix Brasil, em 2006. O Pequi conta ainda com mais dois filmes, que completam a trilogia.
Todos os filmes em exibição foram produzidos de forma independente, isto é, sem recursos financeiros advindos de editais de fomento à cultura. Porém, mais do que terem sido feitos sem cachês para a equipe e elenco, os filmes possuem temáticas sui generis, que caracterizam os filmes mais por seu conteúdo do que pela maneira como foram produzidos. Ou seja, em termos de independência, podemos questionar um filme quanto sua forma de produção e do roteiro que ele propõe. Quem assistir poderá questionar: será que algum desses filmes passaria por uma comissão de seleção de editais, dado aos polêmicos roteiros em questão, quando até mesmo uma sinopse pode ser alvo de censura?
Pela temática, o curta O Pequi se enquadra na categoria trash: seres de outro planeta se utilizam de pequis para infiltrar na sociedade; pela independência financeira, temos Adilsin Gente Fina; e pelo roteiro temos Só as Éguas são Felizes.
A estética do cinema trash é famosa no Brasil pelas produções do cineasta José Mojica Marins, o Zé da Caixão. Sangue escorrendo, tripas para fora, cenas noturnas e obscuras, vampiros, monstros e afins caracterizam a vertente terror, tão cara ao cinema trash. Por outro lado, no boca-a-boca do dia-a-dia, a expressão filme trash pode se referir a histórias com conteúdos “politicamente incorretos”, ou que simplesmente tenham sido feitos de forma independente, sem dinheiro, com equipe formada por amigos que em uma tarde gravam e em outra tarde editam.
Produtor musical e idealizador da Mostra Trash! – festival de filmes independentes – o debatedor convidado para esta edição, Márcio Jr., estará presente para falar sobre essas e outras questões com os diretores convidados. Formado na UFG em Engenharia, com mestrado em Comunicação Social pela UnB, Márcio Jr. é professor universitário, sócio-fundador da Monstro Discos e cinéfilo de carteirinha.
Como diria o realizador independente CarlosMagno Rodrigues, de Minas Gerais: Mini-DV = AK-47.
Vamos discutir o cinema goiano?
O ciclo do Desbitola continua girando e coloca na roda três produções expressivas do cinema independente produzido em Goiânia. O público poderá conferir, no dia 28 de julho, a partir das 20 horas, no Cine Cultura, os curtas O Pequi (fic, 5 min, 2006), de Rodrigo Assis Horse; Adilsin Gente Fina (fic, 7 min, 2005), de Januário Leal; e Só as Éguas são Felizes (fic, 4 min, 2006), de Vander Veget e Bruno Lopes.
Os filmes em exibição já foram a público em Goiânia no FestCine Goiânia e na Mostra Trash!, e também estão disponíveis no YouTube, um dos principais veículos de difusão de filmes independentes. Adilsin Gente Fina contabiliza mais de 50 mil visitas no site, e Só as Éguas são Felizes foi exibido no Festival Mix Brasil, em 2006. O Pequi conta ainda com mais dois filmes, que completam a trilogia.
Todos os filmes em exibição foram produzidos de forma independente, isto é, sem recursos financeiros advindos de editais de fomento à cultura. Porém, mais do que terem sido feitos sem cachês para a equipe e elenco, os filmes possuem temáticas sui generis, que caracterizam os filmes mais por seu conteúdo do que pela maneira como foram produzidos. Ou seja, em termos de independência, podemos questionar um filme quanto sua forma de produção e do roteiro que ele propõe. Quem assistir poderá questionar: será que algum desses filmes passaria por uma comissão de seleção de editais, dado aos polêmicos roteiros em questão, quando até mesmo uma sinopse pode ser alvo de censura?
Pela temática, o curta O Pequi se enquadra na categoria trash: seres de outro planeta se utilizam de pequis para infiltrar na sociedade; pela independência financeira, temos Adilsin Gente Fina; e pelo roteiro temos Só as Éguas são Felizes.
A estética do cinema trash é famosa no Brasil pelas produções do cineasta José Mojica Marins, o Zé da Caixão. Sangue escorrendo, tripas para fora, cenas noturnas e obscuras, vampiros, monstros e afins caracterizam a vertente terror, tão cara ao cinema trash. Por outro lado, no boca-a-boca do dia-a-dia, a expressão filme trash pode se referir a histórias com conteúdos “politicamente incorretos”, ou que simplesmente tenham sido feitos de forma independente, sem dinheiro, com equipe formada por amigos que em uma tarde gravam e em outra tarde editam.
Produtor musical e idealizador da Mostra Trash! – festival de filmes independentes – o debatedor convidado para esta edição, Márcio Jr., estará presente para falar sobre essas e outras questões com os diretores convidados. Formado na UFG em Engenharia, com mestrado em Comunicação Social pela UnB, Márcio Jr. é professor universitário, sócio-fundador da Monstro Discos e cinéfilo de carteirinha.
Como diria o realizador independente CarlosMagno Rodrigues, de Minas Gerais: Mini-DV = AK-47.
Vamos discutir o cinema goiano?
8º Desbitola – Ciclo de Debates do Cinema Goiano
O Cinema Independente
Dia 28 de Julho (segunda-feira)
20 horas
Cine Cultura
Entrada Franca
Realização: nÓis produções, Frita Filmes, Fractal Filmes, Traktana Filmes e Lídia Stock
Assessoria de Imprensa: Lígia Benevides e Marcela Borela
Contato (Imprensa): Marcela Borela (62 84047700) – marcelaborela@gmail.com, (Cc) desbitola@gmail.com
Web: www.flickr.com.br/photos/desbitola
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