2 de março de 2010

poesia para um amor que se vai

vai-se novamente.
não bastou o inverno antecipado de junho passado.

não bastou a morte repentina,

não bastou a fossa

a bossa

a cossa

a moça babada

o gorfo

a rebolada

o malemolejo da molecada
a rima fácil
por tão pouco condenada.

a poesia é
o meu ponto final
na textura das palavras


no ridículo
de ser

desse jeito
exato
que
eu sou.

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