30 de março de 2010

Enxurrada

quero ser enxurrada
e enchente, tempestade
temperamental
e destemperada

tropeçando nas letras
das músicas
e das palavrasboiando e afundando
submergindo
subterrâneo

cantam-me lígia
a lida temperada com pólvora durante a noite
a vida misturada de poesia
durante o dia.

na cabeça, caraminholas
camisinhas
camisolas

nunca é tarde pra se arrepender:
meu passado me consola
o futuro me ignora
eu passo andando
passeio cantando
na tesourinha
corto a asa da mentira
e grito pra todo mundo ouvir
que eu sou brega
e que eu te amo.

6 comentários:

  1. como sempre londo. LINDO. mas eu sei que não basta ser lindo, tem que ser lido. e por isso eu tô aqui... que tbm não basta, mas passa!

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  2. a vida passa, a poesia fica, entalado no poema do tempo.

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  3. Este comentário foi removido por um administrador do blog.

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  4. >>>>>><><><><>< PoEsIa Na ReDe > Ta Aí PrA qUeM tEm SeDe > BeBe, ArRoTa E nEm AnOtA > UmA pAr'De MiM MaRcAdA > Ou'TraZ LeVo Em MiM cRaVaDa ><><><><><<<<<

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  5. Maurício, adorei seu poema!

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  6. Maurício, adorei seu poema!

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