14 de julho de 2010

da série "saudade roxa"

o que eu posso dizer?
saudade roxa
aponta no peito
e me diz: ai!

eu grito sem fazer barulho
pra não acordar a multidão

e faço poemas pra fazer jus
à minha condição
que não podemos mais tolerar a violência
do homem pelo homem
do homem pela mulher
e da mulher pelo homem

hoje meu sangue é roxo.

dentro do meu egoísmo
eu só tenho olhos pra minha cicatriz
e porque ela é minha
e é em mim que ela dói e incomoda
e não me deixa beijar o meu querido
nem as minhas queridas

os beijos que eu quero dar
eu os mando pelo ar.

Um comentário:

  1. Oi Lígia,
    taí, acho que saudade tem a cor roxa mesmo! Beijos pelo ar...
    Flávia Felipe - Cine Teatro EIT - Taguatinga

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