3 de janeiro de 2012

Retrô - Parte II

Quando eu me mudei para Portugal, há pouco mais de um ano, eu fiquei sem escrever no blog porque não tinha um computador pessoal. Usava os da biblioteca para fazer meus trabalhos, pesquisar e me comunicar com as pessoas no Brasil. Sei bem a canseira que foi... uma experiência que não ter novamente.

Quando finalmente comprei um «portátil», tinha já tantas histórias para contar que não era possível retroceder. Fui anotando minhas impressões na agenda, mas aos poucos fui-a abandonando também. Sou dependente de minhas anotações porque meu senso de tempo e espaço, minha memória, não vale de muita coisa. O único ano que não tive uma agenda foi 2008, um dos piores ano de minha vida, do qual realmente não valeria a pena manter um registro.

2012, mais um ano de vida. Nem consigo dizer que espero que seja um ano melhor porque dizemos isso todos os anos e cada ano é de um jeito. 2010 e 2011 foram ótimos (2009 também não foi mal), e, pra falar a verdade, estou com um certo «medinho» de 2012. Antes fosse por causa do calendário Maia (aliás, não aguento mais falar nessa história - tudo indica que o mundo não vai acabar num piscar de olhos). Sinto que alguma coisa vai mudar - algo fora de mim, mas que vai me afetar internamente. Quem sabe se não é nesse ano que eu amadureço de vez? Minhas duas primas mais próximas estão neste caminho sem volta - a casada vai ser mãe e a solteira vai-se casar. A outra se formou em Medicina. Outra já está no 2º filho. Os mais novos todos na universidade. Eu inventei de fazer um mestrado e agora tenho que terminar essa porra de qualquer jeito.

Isso de ter voltado ao Brasil me deixou meio lelé. Eu fiquei bem fora do prumo depois que o 1º ano do mestrado acabou e vieram aquelas férias infinitas da Europa. Quando setembro chegou, eu estava a mil por hora, mas com o pensamento totalmente fora do mundo acadêmico que com tanto custo eu voltei a dominar minimamente. Cometi (ainda estou) minhas irresponsabilidade habituais e já fiz dezenas de listas com os pormenores que devo fazer para reparar meu delírios «fora-do-tempo».

Bem, o medo é um sentimento interessante porque não é fácil confundi-lo com outro. Eu sempre tenho medo de mudanças e tenho uma sensação muito forte de que este ano vai ser um dos mais difíceis da minha vida.

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