Quando finalmente comprei um «portátil», tinha já tantas histórias para contar que não era possível retroceder. Fui anotando minhas impressões na agenda, mas aos poucos fui-a abandonando também. Sou dependente de minhas anotações porque meu senso de tempo e espaço, minha memória, não vale de muita coisa. O único ano que não tive uma agenda foi 2008, um dos piores ano de minha vida, do qual realmente não valeria a pena manter um registro.
2012, mais um ano de vida. Nem consigo dizer que espero que seja um ano melhor porque dizemos isso todos os anos e cada ano é de um jeito. 2010 e 2011 foram ótimos (2009 também não foi mal), e, pra falar a verdade, estou com um certo «medinho» de 2012. Antes fosse por causa do calendário Maia (aliás, não aguento mais falar nessa história - tudo indica que o mundo não vai acabar num piscar de olhos). Sinto que alguma coisa vai mudar - algo fora de mim, mas que vai me afetar internamente. Quem sabe se não é nesse ano que eu amadureço de vez? Minhas duas primas mais próximas estão neste caminho sem volta - a casada vai ser mãe e a solteira vai-se casar. A outra se formou em Medicina. Outra já está no 2º filho. Os mais novos todos na universidade. Eu inventei de fazer um mestrado e agora tenho que terminar essa porra de qualquer jeito.
Isso de ter voltado ao Brasil me deixou meio lelé. Eu fiquei bem fora do prumo depois que o 1º ano do mestrado acabou e vieram aquelas férias infinitas da Europa. Quando setembro chegou, eu estava a mil por hora, mas com o pensamento totalmente fora do mundo acadêmico que com tanto custo eu voltei a dominar minimamente. Cometi (ainda estou) minhas irresponsabilidade habituais e já fiz dezenas de listas com os pormenores que devo fazer para reparar meu delírios «fora-do-tempo».
Bem, o medo é um sentimento interessante porque não é fácil confundi-lo com outro. Eu sempre tenho medo de mudanças e tenho uma sensação muito forte de que este ano vai ser um dos mais difíceis da minha vida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigada por comentar!