16 de novembro de 2009

lígia e as baratas



Com fé de que neste domingo o grande problema que se iniciou há quase um mês em minha casa tenha se acabado, vou contar aqui a saga (com ilustrações meramente ilustrativas) da minha família contra o as baratas.

Tudo começou quando a vizinha do andar de baixo reclamou de um infiltramento. Após muita análise, infelizmente foi concluído que a causa era em casa. Quebra-se um buraco aqui, ôpa, não era aqui! - vamos quebrar ali em cima, ih também não é... Ah, é atrás do armário de louças. Ok, vamos tirar e quebrar o azulejo que a mãe coloriu. Passam-se mais de sete dias para a vida na casa voltar ao normal. O quarto dos fundos, que foi brindado com um buraco pequeno e um enorme, só teve suas crateras equivocadas fechadas dali a quase 10 dias.




Foi então que começou.

Um dia, uma barata no chão da cozinha.
No outro dia, duas.
E mais um dia, três.

Umas baratas robustas, devo dizer!

Como era de se esperar, chamamos uma empresa para dedetizar a casa toda. Eles cobraram R$ 80. O rapaz veio com a super seringa venenosa e aplicou aqui, ali e acolá. Mas nada mudou. As baratas continuaram aparecendo... E o pior: no armário das louças e das panelas.

Começa então as consequências cansativas de ser ter baratas no convívio. O nojo extremo que esse inseto causa em grande parte das pessoas nos leva a uma conduta completamente higiênica. Todos os copos, pratos, pires, xícaras, canecas, talheres, potes e cumbucas, panelas e tampas foram lavados, quase de uma só vez, por mais de uma vez.

Pense numa preguiça.

Pensou?

Agora multiplique...


Nada pode ser mais cansativo do que lavar quase que semanalmente todas as louças da sua casa. Cansados de tanta barata, decepcionados com os venenos inútes que por 2 vezes ainda a empresa colocou pela casa, retiramos todas as louças do armário e as deixamos em cima da mesa da sala. As panelas que estavam do lado de fora, ainda não voltaram pro armário.

Paramos de fazer almoço em casa e ficamos todos nós comendo nos restaurantes mais próximos. Prejuízo brutal no meu bolso, gastei meu suado cachêzinho, que iria pra um estante para os meus livros e dvd's, só por conta de almoçar fora. Tomar café-da-manhã na mesa, apenas em um exíguo espaço que restou entre pratos, bacias e comericos (alô, manaus!).

E, hoje, domingo, depois de ficar sentada das 15h às 19h expondo os cartazes de cinema à venda, na xepa chique, comecei a lavar o restante das panelas da casa, que tinha ficado esse tempo todo dentro do armário, baidapia, exposto às horripilantes cascudas do verdadeiro mundo underground. Que fiquem lá, oras!



Aproveitei a lavança geral e resolvi limpar o fogão.
Resultado: entrei às 22h na cozinha. E saí à 1 da manhã.


P.S.: Agora que terminei de escrever, começou a tocar um clássico dos Titãs, de 84: "Bichos Escrotos".


Não tem jeito, vou ter que colocar a letra aqui...


Bichos!
Saiam dos lixos
Baratas!
Me deixem ver suas patas
Ratos!
Entrem nos sapatos
Do cidadão civilizado...

Pulgas!
Que habitam minhas rugas
Onçinha pintada
Zebrinha listrada
Coelhinho peludo
Vão se fuder!
Porque aqui
Na face da terra
Só bicho escroto
É que vai ter...

Bichos Escrotos
Saiam dos esgotos
Bichos Escrotos
Venham enfeitar
Meu lar!
Meu jantar!
Meu nobre paladar!...

Bichos!
Saiam dos lixos
Baratas!
Me deixem ver suas patas
Ratos!
Entrem nos sapatos
Do cidadão civilizado...

Pulgas!
Que habitam minhas rugas
Onçinha pintada
Zebrinha listrada
Coelhinho peludo
Vão se fuder!
Porque aqui
Na face da terra
Só bicho escroto
É que vai ter...

Bichos!
Baratas!
Ratos!
Cidadão civilizado
Pulgas!
Onçinha pintada
Zebrinha listrada
Coelhinho peludo
Vão se fuder!
Porque aqui
Na face da terra
Só bicho escroto
É que vai ter...

Bichos Escrotos
Saiam dos esgotos
Bichos Escrotos
Venham enfeitar
Meu lar!
Meu jantar!
Meu nobre paladar!...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigada por comentar!