17 de maio de 2012

Um trecho epistolar


Clube da Esquina nº2

«Eu não sei se é saudade, se é solidão ou carência, mas eu tenho sentido como se todos os sentimentos do mundo estivessem dentro de mim - tudo me emociona e me faz chorar, mas não é de tristeza. É porque o mundo é essa coisa bela e feia ao mesmo tempo, as pessoas se matam e se ajudam, se amam e se odeiam, uns sofrem a vida toda, outros só conhecem a felicidade. E tudo isso é muito, é demais para suportar. A gente quer viver bem, quer ser feliz, ao mesmo tempo que faz tanta besteira e se coloca em situações perigosas e de risco. 

Eu penso nos amigos que eu eu fiz e que eu perdi, onde eles estarão? O que eu faço com o amor que ficou aqui, entalado na garganta e doendo no coração? Então eu penso nos filhos dos meus amigos, que eu amo, alguns mesmo sem conhecer, e nas minhas sobrinhas que nunca hão de ser minhas e nunca hão de me chamar de tia.

E penso em tudo isso e penso que você está comigo, mas que eu me esforço estupidamente para te afastar de mim com minhas críticas e com minha aspereza, porque de alguma maneira eu ajo como se não merecesse ser feliz»


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