22 de dezembro de 2005

Preciso de um título bem chamativo

O que realmente é escrever? Uma necessidade, um luxo, um apego, um carma, uma opção, uma profissão.

Como é que faz pra gente saber se realmente escreve bem ou não?

Por exemplo:

Esses dias aí um cara, uma espécie de senhor, homem muito considerado na vida social e profissional que cultiva, leu um projeto meu de umas 10 páginas e disse que era um projeto "gostoso de ler".

Ele disse a mesma coisa que minha leitora mais ávida, minha mãe, sempre me dizia. Que meus textos eram - ou são, ainda - bons de ler. O melhor elogio que já recebi.

Desconsideremos aqui que as mães são corujas e elogiam sempre seus filhos e filhas, para incentivá-los. Isso é realmente lindo. Mas esse senhor aí não tem é do tipo "mãezona", não mesmo. Ele é até meio padrastão. No bom sentido, claro.

Acontece que esse projeto não foi contemplado, isto é, não cumpriu seu desígnio.

É. Restou-me a frustração de não ter ganho.

Mas, tudo bem.

Dois projetos foram aprovados. Um é sobre a Guerrilha do Araguaia. Quer saber de uma coisa, eu queria ver esse projeto. Acho que ao menos parte dele poderia ser publicado no Diário Oficial.

Se o meu projeto do "Cadê a Véia" tivesse sido solicitado para ser exposto à sociedade eu não ia gostar muito, afinal, projetos iniciais, feito por iniciantes, é sempre cheio de erros, e posteriormente corrigido, sempre. Porém, a
questão da transparência da atividade pública é de expor mesmo à sociedade aquilo que ela possui como direito, que é saber como se dão os processos de licitação (o edital). Afinal, e a posição dos jurados? A gente nunca sabe o critério deles.

Eu gostaria de saber.

O outro projeto é sobre dois caras que habitaram Goiânia na década de 80. Eram figuras tidas como esdrúxulas, malucas, doidas. Um era o tal Mauricinho não-sei-quê, que era um doido que andava pelas ruas e as crianças ficavam esperando ele passar nas portas de suas casas. Minha mãe contou que sua irmã mais nova esperava por ele todos os dias, escondida atrás do muro. Ela sentia algo como fascínio e medo. Um sentimento que a gente sente com muito mais intensidade quando é criança ainda.

Bem, então eu concluo que… não concluo nada.

Ai, que confusão mental!

Bem-vindos ao meu novo blog!

Bleh!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigada por comentar!