
pensament°
Jules Olitski
Draky, 1966
120 x 92 inches
Acrylic on canvas
sºnhJules Olitski
Comprehensive Dream, 1965
112 1/2 x 92 1/2 inches
Acrylic on canvas
O filme conquistou 03 prêmios durante sua carreira em festivais e mostras de cinema: Melhor Curta Goiano no 3º Festival de Cinema Brasileiro de Goiânia (2007); Melhor Documentário (Júri Popular) na 4ª Mostra Mosca - Mostra Audiovisual de Cambuquira/MG (2008); e Menção Honrosa na 8ª Mostra de Cinema de Taguatinga/DF (2007), por sua "graça e leveza na abordagem do tema".







O escritor e seus múltiplos vem vos dizer adeus.
Tentou na palavra o extremo-tudo
E esboçou-se santo, prostituto e corifeu. A infância
Foi velada: obscura na teia da poesia e da loucura.
A juventude apenas uma lauda de lascívia, de frêmito
Tempo-Nada na página.
Depois, transgressor metalescente de percursos
Colou-se à compaixão, abismos e à sua própria sombra.
Poupem-no o desperdício de explicar o ato de brincar.
A dádiva de antes (a obra) excedeu-se no luxo.
O Caderno Rosa é apenas resíduo de um "Potlatch".
E hoje, repetindo Bataille:
"Sinto-me livre para fracassar".





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| Jenni Tapanila |
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| Jenni Tapanila |
Quando chega a noite eu sempre páro pra refletir sobre o dia, sobre o que eu fiz ou o que eu deixei de fazer. Também penso no dia de amanhã, nas próximas realizações. Confiro a agenda, rabisco alguma coisas. Então, depois que tudo acaba, eu me lembro. À noite é sempre mais difícil. Todos se calam, a música cessa, os pássaros não cantam mais nenhuma beleza. As cigarras e os grilos sussurram apenas para nos lembrar que a noite é feita de silêncio e breu. O escuro e o silêncio. Uma certa solidão adentra junto com a brisa da noite, com cheiro de frio e de passado. Então, eu me lembro de tudo o que gostaria tanto de esquecer. Me torno uma idealista: esqueço tudo de ruim que houve, começo a imaginar um passado que não existiu, com pessoas que não são reais. São ideais, como minha lembrança. Uma mancha que não vai sair. Eu sempre vou lembrar disso. Mas eu antes estava bem, estava feliz e tranquila. Agora, não. À noite é a mais difícil das horas. É a hora em que leio poesia ou filosofia, então eu repenso tudo. Tento, agora que percebi, não idealizar este passado morto. Mas penso milhares de formas de não sofrer sozinha. Mas que indiferença que faz? O ridículo de não entender, de ser quem você é e saber que não existe mudança, existe transformação, existe alquimia, existe a necessidade de fazer diferente. Eu ouço tudo aquilo que vai esvaziar esse sopro de angústia que está dentro de mim. Falta pouco. Falta muito pouco.